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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

tulipas e verdes

Gosto de verde, me faz lembrar de como é bom correr na grama, de como é bom deitar na grama, e fazer muitas outras coisas boas na grama.
Bom meu ultimo dia do ano foi verde, propriamente verde e espero que seja assim por todo esse que estou tendo agora.
Sei que 19 dias se passaram, mas ainda está em tempo de falar que naquele dia achava que era um dia qualquer e de fato o é, mas que fiquei muito feliz por ter escolhido ficar em família do que em qualquer outro lugar, e que se sentir com sete anos enquanto você terá dez a mais é magnifico,acho que é isso que realmente quero pra mim; viver como aos sete anos, com meus sonhos e correndo, correndo sempre atrás deles até meu folego carregar-se.
Nesses 19 dias, fui mais dócil e familiar possível, eu queria ter um conforto e a dadiva de não ter preocupações de não chorar, mas eu tive de chorar tudo que segurei no ultimo ano, e meu choro não foi da tristeza segurada, foi da alegria de poder soltar toda essa tristeza que me deixava louca. Creio que agora mais que nunca sei que eu não preciso saber o que fazer para fazer algo, apenas o faça e pronto se torna algo.
Aos meu sete anos eu queria morar em algum lugar onde tivesse muitas arvores, uma grama verde, um campo de flores bem vivas, um campo de tulipas vermelhas, amarelas, azuis e de todas as outras cores. Queria ser uma bruxa daquelas com seu caldeirão magico que vão escolher a dedo as ervas de suas poções em seu jardim magico e que por acaso existe uma especie de caverna de flores como um santuário de preces silenciosas.
Eu tinha um vestido que mais parecia de fada e um chapéu pontudo preto e uma varinha feita por mim , dita de condão era uma fada/bruxa e eu desejava que tudo fosse florido e verde, e eu corria pelo quintão e fazia peripécias entre as madeiras da reforma da casa de minha vó, e atentava os gatos como felícia, e corria com os cachorros e cantava todas as noites para a lua, como se fosse um ritual, e eu tinha meu mundo verde, meu jardim de tulipas.E eu o pintava com guache e roubava as tintas óleo de minha tia que ficavam guardadas do guarda roupa de minha vó ;x para que ficassem mais reais.
E eu me importava em deixar uma marca, e em deixar algo bom.