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sábado, 18 de dezembro de 2010

Completude - Jeito Zen de não diser as coisas até o fim

Isso precisa ser compreendido. Não dizer tudo significa dar uma oportunidade para que o ouvinte complete o que está sendo dito. Todas as respostas vêm incompletas... No momento em que você chegar ao limite saberá o que irá permanecer.
Sendo assim, se alguém estiver tentando compreender o Zen intelectualmente, irá fracassar. Não se trata de uma resposta para uma pergunta, mas de algo maior que a resposta. Trata-se da indicação da própria relalidade... a natureza de Buda. E a sua consciência é capaz de testemunhar as coisas que constituem o mundo. O mundo chegará a um fim, mas o espelho permanecerá, espelhando o nada.
Aqui, a última peça de um quebra-cabeças está sendo colocada em seu lugar: a posição do terceiro olho, o lugar da percepção interior. Mesmo no fluxo mutável da vida há instantes em que chegamos a um ponto de completude.
Nesses momentos somos capazes de apreender o quadro completo, o conjunto de todas as pequenas peças que ocuparam por tanto tempo a nossa atenção. No momento da conclusão, podemos nos sentir tanto em desespero (porque não queremos que aquela situação chegue ao fim) como podemos nos sentir agradecidos e recptivos ao fato de que a vida é cheia de conclusões e de novos começos.
O que quer que tenha estado observando o seu tempo e sua energia, agora está chegando ao fim. Ao concluir isso, você estará criando condições para que alguma coisa nova possa começar. Use essa pausa momentânea para celebrar ambas as coisas: o encerramento do velho e a chegada do novo.

Nota:
Reafirmar a nossa crença de que corpo, mente e espirito precisam governar nossa vida completamente fundidos num só coração. Só assim teremos paz, só assim seremos Unos com o Universo.

Osho